segunda-feira, 23 de maio de 2016

Desolação

Ele despertara um tanto cético
e os pensamentos perfeitamente delineados se perderam
quando o vento tocou em seus cabelos
e água do rio os seus pés
ficara trôpego

O amargor da insegurança atravessara sua alma novamente


Estava pesado
e pensou que trôpego poderia se iludir
com a beleza das palavras que lhe diziam,
mas, em seus momentos de insegurança
Não conseguia ver profundidade em muitas coisas ditas
e bem desolado por se achar ameaçado
duvidava de tudo...
de si mesmo
da dor
de Neruda
da vida
do engano
e até mesmo do amor
Quanta desolação!



Foto: A. Antunes, 2014 - Santarém/Pará/Brasil

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