segunda-feira, 30 de maio de 2016

La Soledad

desceu a 7 e lá de cima avistou o rio
Já na Silvério viu o prédio
E assim que abriu a porta,
sentou-se no sofá
permanecendo ali por horas a fio
ouvindo música e relendo poemas
Trabalhando
La Soledad
Comendo
Chorando
Arrumando
Escrevendo
ANSIEDADE
Sem tempo pra receios


Meia-noite se levantou já embriagada de saudade
e foi dormir...


"Ilustração de Idalia Candelas - La soledad posmoderna"

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Os Versos

" O amor é um bálsamo para as dores
  e luz para nos conduzir nos caminhos tortuosos.
  Vários versos de amor eu li,
  Li diversos autores falando sobre o amor.
  sobre a "multicotomia" dele...
  Ora se fala de um amor transcendental
  Ora de um amor movido pela "paixões" humanas...
  Ora de um amor não-sei- de-que
  Aquele amor que me referi nos dois primeiros versos
  É  o de querer o bem do outro, porém, sem se machucar
  Ou deixar que lhe machuquem -  é algo bem difícil, confesso!
  É o que sabe perdoar!
  É o que cede, em vez de só exigir: "- Quintana, Ai de mim!"
  É o que cala para ouvir....

Se o silêncio falasse…


Se o silêncio falasse da dor de um amor
Se o silêncio falasse das lágrimas que percorrem ligeiramente ao mar
Se o silêncio falasse quando nos calamos
Se o silêncio falasse
O silêncio…

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Desolação

Ele despertara um tanto cético
e os pensamentos perfeitamente delineados se perderam
quando o vento tocou em seus cabelos
e água do rio os seus pés
ficara trôpego

O amargor da insegurança atravessara sua alma novamente


Estava pesado
e pensou que trôpego poderia se iludir
com a beleza das palavras que lhe diziam,
mas, em seus momentos de insegurança
Não conseguia ver profundidade em muitas coisas ditas
e bem desolado por se achar ameaçado
duvidava de tudo...
de si mesmo
da dor
de Neruda
da vida
do engano
e até mesmo do amor
Quanta desolação!



Foto: A. Antunes, 2014 - Santarém/Pará/Brasil

segunda-feira, 16 de maio de 2016

FLUIDEZ

Esses versos são pra esvaziar
a minha mente alucinada
do dia-a-dia
que percorre milhas e milhas
em um só dia

Quero poder derrubar o meu vaso
de pensamentos no rio
E sentir a fluidez

E voltar pra casa  leve e com a esquecida sensatez...