Santarém, 07 de setembro de
2015.
Honey B,
Dias chuvosos são muito
peculiares, em particular, a preguiça e a melancolia me assaltam. Ultimamente,
venho fazendo uma retrospectiva, paulatina, desde que sai de Belém há um ano e
alguns meses. Tive muitas experiências, ora alegres, ora estressantes, ora tristes...
Conheci pessoas maravilhosas, outras desprezíveis... Nesse caminho reencontrei
outras da minha infância, adolescência e até dessa fase juvenil... A
perseverança me acompanha há tempos, contudo, ás vezes, ela some num piscar de
olhos, e é onde a minha aflição começa... Tenho receio de abandonar tudo que já
construí pelo simples motivo de ratificar o que o Senhor Tempo me mostra e eu
não quero aceitar – até quando irei aguentar a minha pressão e a dos outros? E as
comezinhas do cotidiano? – Essas já estragaram muito a nossa relação (sem
culpados disso e daquilo... isso é enfadonho). A certeza é que se um dia eu
voltar pra cidade das mangueiras não é porque eu deixei de te amar, mas, porque
estamos em dimensões temporais diferentes.
PS: Amo-te, Flor.
PS 2: E Que engraçado, ouvi no
rádio aquela música “ O Tempo” dos Móveis Coloniais que transcrevo na íntegra:
A gente se deu tão
bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim
Parece que até jantei
Com toda a família e sei
Que seu avô gosta de discutir
Que sua avó gosta de ouvir você dizer que vai fazer
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim
Parece que até jantei
Com toda a família e sei
Que seu avô gosta de discutir
Que sua avó gosta de ouvir você dizer que vai fazer
O tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis (Refrão)
Se não for devagar
Que ao menos seja eterno assim
Do jeito que eu sempre quis (Refrão)
Se não for devagar
Que ao menos seja eterno assim
Espero o dia que vem
Pra ver se te vejo
E faço o tempo esperar como esperei
A eternidade se passar nos dois segundos sem você
Agora eu já nem sei
Se hoje foi anteontem
Me perdi lembrando o teu olhar
O meu futuro é esperar pelo presente de fazer
Pra ver se te vejo
E faço o tempo esperar como esperei
A eternidade se passar nos dois segundos sem você
Agora eu já nem sei
Se hoje foi anteontem
Me perdi lembrando o teu olhar
O meu futuro é esperar pelo presente de fazer
(Refrão)
Pra mim, pra mim
Laiá, lalaiá
Laiá, lalaiá
Se o tempo se abrir
talvez
Entenda a razão de ser
De não querer sentar pra discutir
De fazer birra toda vez que peço tempo pra me ouvir
Entenda a razão de ser
De não querer sentar pra discutir
De fazer birra toda vez que peço tempo pra me ouvir
A gente se deu tão bem
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim
Que o tempo sentiu inveja
Ele ficou zangado e decidiu
Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim
Eu
que nunca discuti o amor
Não vejo como me render
Ah, será que o tempo tem tempo pra amar?
Ou só me quer tão só?
E então se tudo passa em branco eu vou pesar
A cor da minha angústia e no olhar
Saber que o tempo vai ter que esperar
Não vejo como me render
Ah, será que o tempo tem tempo pra amar?
Ou só me quer tão só?
E então se tudo passa em branco eu vou pesar
A cor da minha angústia e no olhar
Saber que o tempo vai ter que esperar
(Refrão)
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